12 amigos e 1 segredo

“E, chamando os seus doze discípulos, deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem, e para curarem toda a enfermidade e todo o mal. Ora, os nomes dos doze apóstolos são estes: O primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Lebeu, apelidado Tadeu; Simão, o Cananita, e Judas Iscariotes, aquele que o traiu.” Mateus 10: 1-4

Jesus não poderia limitar a mensagem das boas novas em si, era preciso formar homens capazes de entender quem Ele era, por quem foi enviado e como isso impactaria toda a humanidade. Os doze discípulos foram chamados para caminhar ao seu lado, anunciando a mensagem do evangelho e a difundindo. Contudo, antes disso acontecer, era necessário que cressem e provassem do amor e transformação em suas vidas, se tornando íntimos amigos de Jesus. 

Jesus não chamou pessoas perfeitas, muito pelo contrário! Cada discípulo possuía pontos importantes para trabalhar em seu caráter. A única coisa comum a todos foi que, rapidamente, atenderam ao chamado de Cristo, deixaram tudo para trás e o seguiram. 

A intenção desta mensagem é trazer um segredo usado por Jesus ao chamar as pessoas que caminhariam ao seu lado, algo que podemos usar nos dias de hoje para ter relações saudáveis e alinhadas. Mas, antes de revelar o segredo, gostaria de mostrar quem eram os 12 amigos de Cristo e o que aprendemos com cada um deles. 

  • Pedro: o amigo leal 

Pedro era pescador e foi um incrível pregador. Em seus últimos anos, escreveu a primeira e a segunda epístolas de Pedro e também várias cartas para a igreja da Filadélfia. As pessoas desse período foram profundamente tocadas por ele. Pedro foi um dos discípulos mais próximos de Jesus, sendo também um dos apóstolos mais influentes do princípio do cristianismo. Pedro exercia liderança diante dos outros discípulos, sendo aquele que falava mais, fazia perguntas a Jesus e tomava algumas iniciativas.

Pedro também é conhecido por seu temperamento forte e impulsivo. Era um homem simples, acostumado ao trabalho árduo no mar. Em várias passagens é possível ver como amava Jesus e como sua personalidade forte foi moldada pelos ensinamentos de Cristo.

“Ora, Pedro estava assentado fora, no pátio; e, aproximando-se dele uma criada, disse: Tu também estavas com Jesus, o galileu. Mas ele negou diante de todos, dizendo: Não sei o que dizes. E, saindo para o vestíbulo, outra criada o viu, e disse aos que ali estavam: Este também estava com Jesus, o Nazareno. E ele negou outra vez com juramento: Não conheço tal homem. E, daí a pouco, aproximando-se os que ali estavam, disseram a Pedro: Verdadeiramente também tu és deles, pois a tua fala te denuncia. Então começou ele a praguejar e a jurar, dizendo: Não conheço esse homem. E imediatamente o galo cantou. E lembrou-se Pedro das palavras de Jesus, que lhe dissera: Antes que o galo cante, três vezes me negarás. E, saindo dali, chorou amargamente”. Mateus 26:69-75

Talvez você tenha um amigo como Pedro em sua vida. Uma pessoa leal, trabalhadora, forte, impulsiva. Alguém que é capaz de pegar uma espada para o defender. Uma pessoa em que colocamos expectativa, pois sabemos de seu potencial (Jesus sabia como ele era especial e como seria um ótimo pregador da Palavra).

Mas, mesmo as pessoas que mais amamos podem nos decepcionar em algum momento. Pedro abandonou Jesus em seu dia mais difícil. Acredito que pela primeira vez ele percebeu sua fragilidade e se escondeu. O homem impulsivo, destemido, o defensor de Jesus, se viu frágil e fraco. Pedro foi influenciado por Jesus a ser alguém que, apesar de falho e impulsivo, entendeu seu propósito de cuidar e apascentar as ovelhas.

Como você age quando o decepcionam? Você desiste dos seus amigos? Ou sabe que mesmo com suas fragilidades e decepções, são leais e o amam? Não desista dos seus amigos, mas seja alguém que os veja como Jesus via e conhecia Pedro. Jesus poderia ter jogado na cara de Pedro sua indignação, contudo, mostrou seu amor ao lembrá-lo que seu propósito não era se esconder em suas falhas, mas cuidar das pessoas à sua volta. 

  • André: o amigo maduro  

“No dia seguinte João estava outra vez ali, e dois dos seus discípulos; E, vendo passar a Jesus, disse: Eis aqui o Cordeiro de Deus. E os dois discípulos ouviram-no dizer isto, e seguiram a Jesus. E Jesus, voltando-se e vendo que eles o seguiam, disse-lhes: Que buscais? E eles disseram: Rabi (que, traduzido, quer dizer Mestre), onde moras? Ele lhes disse: Vinde, e vede. Foram, e viram onde morava, e ficaram com ele aquele dia; e era já quase a hora décima. Era André, irmão de Simão Pedro, um dos dois que ouviram aquilo de João, e o haviam seguido”. João 1:35-40

André era irmão de Pedro. Quando foi escolhido como apóstolo, tinha 33 anos, um ano completo a mais do que Jesus, e era o mais velho dos apóstolos. Foi o primeiro a receber de Cristo o título de Pescador de Homens e tornou-se o primeiro a recrutar novos discípulos para o Mestre. Mesmo nunca tendo sido um pregador eficiente, fazia um trabalho pessoal eficaz. André era um bom organizador e um administrador ainda melhor.

Quando penso em que motivou Jesus a escolher André a andar ao seu lado, a primeira coisa que penso é que ele era mais velho, com mais maturidade e uma visão diferente dos demais. Estar perto de pessoas mais velhas e maduras é importante para qualquer pessoa que deseja viver uma realidade diferente. André era um homem de bastidores, pregava com suas ações. 

Você tem um André em sua vida? Alguém que pode o ensinar e somar? Jesus tinha ao seu lado alguém com visão, experiente. Tenha pessoas maduras, com experiência de vida, que não ficam falando de algo que não vivem, mas que com suas ações mostram a Deus.

  • Tiago: o amigo ambicioso 

“E aproximaram-se dele Tiago e João, filhos de Zebedeu, dizendo: Mestre, queremos que nos faças o que te pedirmos. E ele lhes disse: Que quereis que vos faça? E eles lhe disseram: Concede-nos que na tua glória nos assentemos, um à tua direita, e outro à tua esquerda”. Marcos 10:35-37

Tiago era filho de Zebedeu, portanto, irmão de João, ambos pescadores. Alguns estudiosos o descrevem como um jovem individualista e ambicioso. No entanto, seu contato com Jesus transformou sua ambição em poder para aliviar a dor das pessoas e ajudá-las a encontrarem a fonte de amor: Deus.

Influencie quem anda ao seu lado sendo alguém que as faça encontrar a verdadeira fonte do amor. Não seja influenciado pelo individualismo, que o faz achar que está acima de alguém, mas sirva em amor e aceite quando alguém o servir também. Relacionamentos saudáveis acontecem quando aprendemos a dar e receber, deixando a equação equilibrada tanto para um quanto para outro.

  • João: o amigo explosivo 

“Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, aos quais deu o nome de Boanerges, que significa filhos do trovão”. Marcos 3:17 

Muito provavelmente essa designação, Boanerges, apontava para a natureza explosiva dos dois irmãos. Isso indicava que eram homens de emoções controladas, mas em determinadas situações a ira logo os ascendia. Apelidados por Jesus como Filhos do Trovão, o texto abaixo justifica tal nome:

“E mandou mensageiros adiante de si; e, indo eles, entraram numa aldeia de samaritanos, para lhe prepararem pousada, Mas não o receberam, porque o seu aspecto era como de quem ia a Jerusalém. E os seus discípulos, Tiago e João, vendo isto, disseram: Senhor, queres que digamos que desça fogo do céu e os consuma, como Elias também fez? Voltando-se, porém, repreendeu-os, e disse: Vós não sabeis de que espírito sois. Porque o Filho do homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las. E foram para outra aldeia”. Lucas 9:52-56

João foi o discípulo que Jesus amava, alguém que o conhecia profundamente e também sabia ler as pessoas à sua volta. “Ora, ele disse isto, não pelo cuidado que tivesse dos pobres, mas porque era ladrão e tinha a bolsa, e tirava o que ali se lançava” (João 12:6). João, em poucas palavras, identificou Judas como uma pessoa mentirosa, enganadora, gananciosa e capaz de roubar.

Jesus tinha ao seu lado pessoas diferentes de seu caráter. Talvez uma das maiores lições dos meus últimos anos foi me abrir para caminhar ao lado de pessoas diferentes de mim. Principalmente porque ao conviver ao lado de opostos, temos uma oportunidade incrível de nos conhecer melhor. Ao mesmo tempo que João apontava o dedo para Judas, ele mesmo era visto como alguém que precisava de cura em seu caráter. 

Você se permite andar com pessoas diferentes? Todo julgamento é uma confissão. 

  • Filipe: o amigo realista 

“Então Jesus, levantando os olhos, e vendo que uma grande multidão vinha ter com ele, disse a Filipe: Onde compraremos pão, para estes comerem? Mas dizia isto para o experimentar; porque ele bem sabia o que havia de fazer. Filipe respondeu-lhe: Duzentos dinheiros de pão não lhes bastarão, para que cada um deles tome um pouco”. João 6:5-7

Embora os relatos sobre Filipe sejam escassos no Novo Testamento, ele aparece de forma mais destacada no Evangelho de João. Em João 6:5, Jesus perguntou a Filipe onde conseguiriam pão para alimentar a multidão que havia se formado. A resposta direta dada por Filipe parece mostrar seu jeito prático e realista. 

Você tem um amigo que fortalece sua fé em dias difíceis? Dias onde se sente fraco, falta fé, momentos em que se sente frio espiritualmente? Jesus queria mostrar a Filipe que a realidade terrena não comporta a realidade espiritual. Da mesma forma, seja aquele que influencia seus amigos a verem o poder sobrenatural de Deus diante dos desafios da vida. Mesmo com os piores cenários, existe uma fé capaz de mover montanhas e possibilitar um escape, não apenas para você, mas para todos aqueles que estão à sua volta. 

  • Bartolomeu: o amigo que desmerece 

Ao se encontrar com Bartolomeu, Filipe lhe disse com muito entusiasmo que havia encontrado o Messias de quem Moisés e os profetas testificam. Quando Filipe acrescentou que se tratava de Jesus, o filho de José de Nazaré, Bartolomeu fez a conhecida pergunta: “Pode sair alguma coisa boa de Nazaré?” (João 1:46).

Talvez você esteja cercado de pessoas que o desmerecem por sua história, suas fragilidades, sua família. Talvez você se magoe por não ser afirmado, recompensado ou admirado por quem o cerca. Bartolomeu duvidou de Jesus, o desmereceu por seu passado, contudo, ele foi escolhido para ser um dos 12. 

Jesus sabia quem ele era ao ponto de fazer com que Bartolomeu o visse também. Não foi com força ou violência, mas com sabedoria e discernimento. Muitas vezes Deus coloca pessoas na sua vida para que com suas palavras, conhecimento e relacionamento com Deus, sejam tocadas e transformadas. 

Você tem um amigo que você pode influenciar hoje? Existem pessoas que são tão descrentes de si, que não são capazes de ver o valor que possuem e projetam isso nos outros. Seja aquele que vê além das duras palavras ou críticas e mostre quem podemos ser em Deus. 

  • Tomé: o amigo pessimista

Tomé era alguém de extremos, ao mesmo tempo que demonstra pessimismo, tinha uma enorme devoção ao Senhor. 

“Senhor, não sabemos para onde estás indo; como podemos conhecer o caminho?” (João 14:5).

“Depois disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; e chega a tua mão, e põe-na no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente. E Tomé respondeu, e disse-lhe: Senhor meu, e Deus meu!” João 20:27,28

Tomé exigiu provas para acreditar na ressurreição. Ele queria ver com seus próprios olhos e tocar com seus dedos as marcas dos cravos nas mãos de Jesus. Isso significa que Tomé estava disposto a acreditar na ressurreição, mas não antes de receber provas concretas.

Jesus conhecia o coração de Tomé, assim como conhece o seu. O pessimismo e a insensibilidade são traços no caráter que afastam pessoas. Depois de um ato tão forte de entrega de Jesus, horas de agonia e dor, ainda teve que ser recebido com desconfiança e incredulidade. 

O quanto estamos sendo influenciados pelas pessoas pessimistas que nos cercam? Isso me faz colocar a mão na minha alma e me policiar. Quantas vezes não estou fria diante de situações em que é preciso haver compaixão? Será que as durezas da minha jornada fecharam meu coração ao ponto de questionar Deus, duvidar de Seu amor e entrega por mim? O quanto o mundo me influencia e muda meus sentimentos? 

  • Mateus: o amigo desprezado

E, passando, viu Levi, filho de Alfeu, sentado na alfândega, e disse-lhe: Segue-me. E, levantando-se, o seguiu. E aconteceu que, estando sentado à mesa em casa deste, também estavam sentados à mesa com Jesus e seus discípulos muitos publicanos e pecadores; porque eram muitos, e o tinham seguido. E os escribas e fariseus, vendo-o comer com os publicanos e pecadores, disseram aos seus discípulos: Por que come e bebe ele com os publicanos e pecadores? E Jesus, tendo ouvido isto, disse-lhes: Os sãos não necessitam de médico, mas, sim, os que estão doentes; eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores ao arrependimento. Marcos 2:14-17

Na ocasião, Mateus aparece dando uma festa, ou oferecendo “um grande banquete em sua casa” (Lc 5:29; cf. Mc 2:15; Mt 9:10). Essa festa contou com a presença de muitos publicanos e pecadores, e o fato de Jesus ter sentado à mesa com eles foi censurado pelos escribas e fariseus.

Como Mateus era coletor de impostos, uma ocupação desprezada pelo povo judeu, os fariseus criticaram Jesus ao vê-lo à mesa com os publicanos e pecadores. Algo lindo que aprendo com Jesus é que não tinha preconceito com aqueles que eram marginalizados, excluídos e mal vistos. Pelo contrário, Ele os atraia para que pudessem ser influenciados por Sua mensagem de amor e transformação. 

Você é capaz de andar ao lado de pessoas e ser luz, ao invés de, se tornar mais um? Os escribas e fariseus o censuraram por andar com aqueles que eles não foram capazes de influenciar. Que isso fique como um alerta para nossa vida. Ou influenciamos ou somos influenciados. Ou influenciamos ou julgamos quem busca influenciar.

  • Tiago: o amigo ofuscado

Tiago, o Menor, talvez seja o mais obscuro dos apóstolos. Esteve sempre na “sombra”. Nunca alcançou fama por ter realizado algum feito. É o apóstolo desconhecido. Entretanto, ele era um dos apóstolos e isso significa muita coisa.

Você se sente feliz em ter amigos que têm mais “sucesso” que você? Como está seu coração em relação a isso? Você não foi feito para ser sombra, você foi feito para ser luz!

  • Judas Tadeu: o amigo questionador 

Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele. Então Judas, não o Iscariotes, disse a Jesus: — Por que razão o Senhor se manifestará a nós e não ao mundo? Jesus respondeu: — Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e o meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada. João 14:21-23

Judas Tadeu não havia entendido que Jesus estava prometendo se manifestar em Espírito àquele que o ama. Da mesma forma, muitas pessoas não o entenderão e questionarão suas palavras, atitudes e propósito. 

Você tem ao seu lado apenas pessoas que concordam com você? Jesus não manteve perto dele apenas quem o aplaudia ou concordava com tudo o que fazia. Na verdade, escolheu andar com pessoas que mesmo não o compreendendo, tinham potencial para fazerem muitas coisas quando descobrissem seu chamado em Deus. 

Talvez sua missão inspire outras pessoas a se unirem a você para construírem juntos algo que sozinho não traria tanto impacto. Tenha paciência para ensinar, delegar, amar e transformar aqueles que compram o propósito que Deus confiou a você. 

  • Simão: o amigo revolucionário 

Simão é chamado de Zelote por Lucas, um apelido que mostrava que tinha ligação com um grupo chamado zelotes, que era um partido político, patriotas fanáticos! Era um grupo de judeus que queriam a imediata libertação de Israel, sem compromissos com Roma. Eles esperavam uma revolução. E mesmo depois da ressurreição de Jesus, ainda criam nisso, pois lhe perguntaram: “Senhor, será este o tempo em que restaures o reino a Israel?” (Atos 1:6). 

Simão tinha apenas um propósito: libertar Israel. Mas Jesus tinha uma missão específica e um propósito: apresentar o Reino de Deus e as boas novas a todos! Simão seguiu Jesus com lealdade, zelo, ardor e devoção. E enquanto o seguiu, começou a transformar-se. Suas ambições políticas tornaram-se pacíficas. Sua mentalidade militar tornou-se missionária. Seus objetivos agora pertenciam ao Mestre.

Jesus olha qualidades no caráter de uma pessoa, que podem estar equivocadas, e as molda para se encaixarem no plano original. Como um amigo, alguém que influencia pessoas, veja as qualidades que possuem e tenha esse olhar cuidadoso para ajudá-las a redirecionarem o que está torto. 

  • Judas: o amigo traidor  

Judas Iscariotes servia como tesoureiro no grupo, mas no exercício dessa atividade, é chamado de “ladrão”. O texto bíblico diz que Judas Iscariotes furtava a arrecadação da qual era o responsável por guardar (João 12:6). Considerando todas as referências bíblicas em que Judas Iscariotes é mencionado, podemos perceber que ele reunia em si a hipocrisia, o egoísmo, a soberba, a avareza, a inveja e a cobiça. 

Judas criou a expectativa de que Jesus seria um rei, no sentido político daquele tempo. Quando viu que Jesus estava a anunciar a sua morte e que não correspondia às suas expectativas pessoais, ficou carregado de frustrações, resultando em sua infidelidade e traição. 

Em sua caminhada, você não será isento de traições, de pessoas infiéis, egoístas, invejosas e que se aproximam de você para ganhar algo em troca. Jesus sabia do caráter de Judas e o permitiu andar ao seu lado. Mesmo com todos os erros de Judas, Jesus nunca o colocou como seu inimigo, nunca murmurou contra ele, mas entendeu que aquilo seria necessário para que seu caráter fosse aprovado e sua missão estabelecida. 

O quanto você é grato pelos amigos que o traíram? As pessoas podem errar com você, mas isso não as tornam suas inimigas. Na verdade, as atitudes de Judas foram as responsáveis por Jesus ter cumprido sua missão. Muitas vezes, precisamos passar por situações que provarão nosso caráter, a maneira como reagiremos aos conflitos, traições e injustiças. Sem a traição, Jesus não teria feito o que fez.

Seja grato até mesmo pelas pessoas que o machucam, pois tudo colabora para que os planos de Deus aconteçam sobre sua vida!

 

O GRANDE SEGREDO

O grande segredo de Jesus não foi ter escolhido pessoas imperfeitas para caminhar, ou pessoas diferentes dele. O grande segredo de Jesus foi ter, desde o início, sido claro nas expectativas que tinha sobre cada um daqueles homens. Eles sabiam para onde aquela amizade estava os levando, por isso foram capazes de se aperfeiçoar no caminho ou sair dali por não compactuar com as expectativas de Jesus.  

Você tem sido honesto com suas amizades? Honesto com o que espera de seus amigos e o que eles podem esperar de você? Relacionamentos são trocas. Quando nos alinhamos no que podemos dar e no que queremos receber, nos conectamos para crescer na jornada. 

Nós escolhemos quem caminhará ao nosso lado, sendo que existem pessoas que são chave para fazer com que nosso chamado aconteça, pois estarão conosco em todo o tempo. Existirão outras que nos frustrarão no caminho, para sermos capazes de perdoar, ressignificar e aprender com cada traição, decepção e expectativa não alcançada. 

Da mesma forma, nós podemos ser as pessoas escolhidas por alguém… Neste caso, que tipo de amigos temos sido? Desde o começo, Jesus foi honesto em sua intenção de caminhar ao lado dos 12. Mas nem todos foram honestos em compartilhar suas expectativas, o que levou Judas, por exemplo, a traí-lo.

É tempo de realinhar nossos relacionamentos! Que o exemplo de Jesus ao conviver com os 12, possa despertar seu coração para uma nova temporada com os seus amigos e familiares.

Com amor, Lari.

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